segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Mapa da Saída de Campo de 22 de Novembro 2008

Choupana - Vale Paraiso - Achada - Salgados - Levada Assomada.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Saída de Campo / Visita de Estudo
17 de Janeiro de 2009

Prazeres — Fajã da Ovelha - Vereda dos Zimbreiros - Paul do Mar

O percurso a pé, inicia-se na levada “Nova da Calheta”, acima da Igreja matriz dos Prazeres, templo dedicado a Nossa Senhora das Neves. Com origem na central hidroeléctrica da Calheta a 14 km a leste, a levada estende-se, aos 600 metros de altitude, por quarenta quilómetros para ocidente, até ao sítio do Cabo, na Ribeira da Vaca, na fronteira com a freguesia das Achadas da Cruz.
Ao percorrermos a levada para ocidente, contornamos as cabeceiras dos vales da Ribeiras Seca ou do Paul e da Ribeira da Cova. Ao fim de 5 km chegamos à Raposeira do Lugarinho, passando por terras da Fajã da Ovelha
A norte da levada predomina uma floresta exótica dominada por eucaliptos e pinheiros. Restos da floresta primitiva, constituída por vinháticos, tis e loureiros, repartem os recantos mais húmidos e mais frescos das vertentes e do fundo dos vales.
Pequenas parcelas agrícolas são ocupadas por árvores de fruta, cenouras, batatas, feijão, centeio e trigo, que aqui encontram as condições de solo e clima favoráveis ao seu desenvolvimento. Processos tradicionais caracterizam a agricultura. O estrume, ainda hoje, é utilizado como fertilizante. Em terrenos de pousio ou em campos já abandonados, pastam as vacas, dando a este espaço uma singularidade.
A qualquer momento, o céu é cortado pelos voos característicos do francelho e da manta, subespécies endémicas da Madeira.
Mas, hoje, o nosso percurso tem um objectivo especial, viver as festas de Santo Amaro que se comemoram neste dia e em particular na freguesia do Paul do Mar. No miradouro da Lombada dos Marinheiros a vista sobre o vale e o mar é deslumbrante. Aqui vamos nos encontrar com um grupo de caminheiros que em romaria organizada pela Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo vêm desde o sítio do Lombo. Em conjunto, faremos o resto da caminhada até à igreja do Paul do Mar pela levada e descendo por uma das mais antigas veredas e a mais ocidental que liga o Paul do Mar à Fajã da Ovelha. A vereda dos zimbreiros serpenteia a vertente da margem direita da Ribeira das Galinhas, por entre malfuradas, tabaibeiras, piteiras e outras espécies xerófilas. Os zimbreiros, espécie da família dos Cupressos, e que serviram de toponímia a este local são hoje praticamente inexistentes. Aos nossos pés, numa estreita faixa entre o mar e a velha arriba estende-se por cerca de 2km a povoação do Paul do Mar, assim chamada por ser frequente antes da construção da muralha as terras ficarem alagadas quando visitadas por ondas alterosas de oeste ou sudoeste. No passado a maioria da sua população dedicava-se à pesca.
Entramos no Paul, pelos sítios da Ribeira das Galinhas, do Serrado da Cruz e da Lagoa com habitações que deixam transparecer um nível socio-económico mais favorecido, para depois, atravessarmos o bairro piscatório construído durante a II Guerra Mundial chamado de Espanha.
Na igreja, templo construído recentemente e de aspecto muito modesto celebra-se a festa do padroeiro – Santo Amaro. O santo, conhecido como protector dos “aleijados”e afamado pelas inúmeras curas. Já cansados do passeio resta-nos pedir a este santo milagreiro força para participarmos no arraial e varrermos os armários que ainda tenham alguns restos de Natal.