terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Saída de Campo / Visita de Estudo
28 de Novembro de 2009

Boca da Corrida – Aviceiros - - Posto Florestal da Trompica – Fontes –
Da Boca da Corrida as Fontes
A norte do Estreito de Câmara de Lobos, entre os 700 e os 850 m de altitude, localiza-se a freguesia do Jardim da Serra, assim chamada por se tratar de um lugar pitoresco. Pequenas casas salpicam a paisagem com os seus jardins e campos agrícolas bem cuidados, onde se destacam as cerejeiras, que nesta época do ano se cobrem de flores brancas. Nesta freguesia, é de realçar a Quinta do Jardim, cuja construção foi iniciada na 1ª metade do Séc XX por Henry Veitch, cônsul da Inglaterra. Actualmente está transformada num hotel de luxo.
A 4 Km acima do Jardim da Serra, junto ao pico da Malhada, aos 1203 m de altitude, fica a Boca da Corrida e a casa florestal, rodeada por espécies exóticas e indígenas (castanheiros, nogueiras, pinheiros, cedros, giestas). Daqui, observa-se a freguesia do Curral das Freiras, depressão escavada pelas águas de escorrência na cabeceira da Ribeira dos Socorridos. À nossa frente avista-se a Eira do Serrado, aos 1020 m, e o Pico Grande, aos 1657 m de altitude. Pelos interflúvios, espalham-se os vários sítios. Numa pequena plataforma da margem esquerda da ribeira, aos 650 m, no sítio das Casas Próximas, a igreja concentra o principal povoado.
O percurso a pé inicia-se junto à casa florestal por um caminho que nos leva ao montado dos Aviceiros, contornando a cabeceira da Ribeira das Eirinhas, a norte da Quinta Grande, para mais tarde chegarmos à casa do Dr. Alberto, situada num local paradisíaco. Uma vereda estreita mas não perigosa corta a cabeceira da Ribeira do Campanário, atravessando um coberto vegetal bastante pobre, vítima do contínuo pastoreio de cabras e de ovelhas e dos sucessivos fogos, e conduz-nos ao posto florestal da Trompica, aos 1180 m de altitude.
Uma nova vereda penetra numa mata de castanheiros e leva-nos ao sítio das Fontes, um dos aglomerados populacionais das terras altas da freguesia do Campanário. Por entre poios, ainda cultivados, descemos, aos poucos, até atingirmos o caminho recentemente asfaltado que nos liga ao sitio do Espigão, já na freguesia da Ribeira Brava. Aqui, as casas alcandoradas no meio de uma grande escadaria de poios, foram mantidas isoladas, durante muitas décadas, da vila da Ribeira Brava. Descemos inicialmente na vereda que liga à Meia Légua para, logo de seguida, apanharmos a levada do Norte, aos 600 m de altitude. Mais adiante, atravessamos a Eira do Mourão, onde as casas se estendem na crista soalheira do interflúvio. Daqui, podemos avistar, do outro lado do vale da Ribeira Brava, as Furnas e o Pomar da Rocha. Continuando a levada, esta corta o vale da Ribeira Funda, cujas margens estreitas se cobrem de densa floresta. Restos da flora indígena constituída por vinháticos, faias e marmulanos cobrem as vertentes abruptas. Aos poucos, o espaço vai sendo repartido pelas acácias, eucaliptos e pinheiros que acabam por formar um pinhal e nos conduzir ao sítio da Boa Morte.

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